ISSN:2238-6408 (online)
João de Fernandes Teixeira - PhD pela University of Essex - Inglaterra

 

Resumo: O artigo propõe uma rediscussão do Argumento do Quarto Chinês formulado por John Searle em 1980. Após uma recapitulação dos delineamentos do argumento na primeira parte, uma discussão preliminar de uma objeção formulada por David Chalmers é apresentada. A terceira parte visa a apresentação de uma possibilidade relegada por Searle na apresentação de seu argumento: as máquinas e robôs semi-biológicos que estão em desenvolvimento na Universidade de Reading, Inglaterra. Esses dispositivos não foram considerados por Searle, que não mudou sua argumentação desde a formulação original na década de 1980, que se limitou a objetar ao modelo computacional de mente. Dessa forma argumentamos que o próprio naturalismo biológico de Searle constitui uma objeção ao seu argumento do quarto chinês.

 

Palavras-chave: Searle; Argumento do quarto chinês; Máquinas e robôs semi-biológicos; Modelo computacional da mente.

 

Abstract: The article proposes a re-discussion of the Chinese room argument formulated by John Searle in 1980. After a review of the outline of the argument, an objection formulated by David Chalmers is presented. The third part aims at presenting a possibility relegated by Searle in the formulation of his argument: the semi-biological robots and machines that are under development at the University of Reading, England. These devices were not considered by Searle who has not changed his argument since the original formulation in the 1980s, which was limited to objecting to the computational model of the mind. Thus, we argue that Searle´s own biological naturalism constitutes an objection to his Chinese room argument.

 

Keywords: Searle; Chinese room argument; Semi-biological machines and robots; Computational model of the mind.