ISSN:2238-6408 (online)
Alexandrina Paiva da Rocha -UESPI /UFPI

Resumo: Em virtude do fenômeno totalitário da Alemanha nazista no século XX, A filósofa Hannah Arendt (1906-1975) chega ao diagnóstico da impossibilidade de compreender a originalidade política dessa forma de governo uma vez que não há arcabouço teórico para tal. Essa perspectiva oferecida por Arendt é um relato da ruptura da tradição entre filosofia e política que nos legou uma aversão à filosofia política. Para compreender os motivos dessa crise política e elaborar um novo vocabulário político que não nos deixe em um limbo como ocorreu em 1933, Arendt realiza a desconstrução da tradição política, que perpassa sua obra, principalmente em A Condição Humana e A Vida do Espírito, da qual ela ressignifica conceitos para a reconstrução de vocabulário político e um dos principais elementos é o conceito de mundo.

 

Palavras chaves: Hannah Arendt, Totalitarismo, Tradição, Filosofia Política, Mundo.

 

Abstract: Due to the totalitarian phenomenon of Nazi Germany in the 20th century, the philosopher Hannah Arendt (1906-1975) arrives at the diagnosis of the impossibility of understanding of political originality of this form of government, since there is no theoretical framework for it. This perspective offered by Arendt is on account of the rupture of the tradition between philosophy and politics that delegated us an aversion to political philosophy. In order to understand the reasons for this political crisis and to develop a new political vocabulary that does not leave us in a limbo as it did in 1933, Arendt performs the deconstruction of the political tradition, which permeates her oeuvre, mainly in The Human Condition (1958) and The Life of the Mind (1978), from which she resignifies concepts for the reconstruction of the political vocabulary, one of the main elements is the concept of the world.

 

Keywords: Hannah Arendt, Totalitarianism, Tradition, Political Philosophy, World.