Luís Thiago Freire Dantas - IFES

Resumo: O presente artigo problematiza as justificativas para um impedimento epistemológico da Filosofia Africana. As justificativas se fundamentam em duas vias: o colonialismo e a identidade africana, ambas funcionam como interdições para o entendimento de África como produtora de conhecimento. Com isso, a problematização sobre o colonialismo concentra-se no modo como há regulação através de estratégias que transformam o Outro em objeto. O questionamento sobre a identidade parte da ideia de “autenticidade africana”, pois nela se vincula a representação ocidental de um exotismo que reduz a África em uma imagem de falta ou ausência de história, cultura ou intelectualidade. A contraposição a essas justificativas, por fim, consiste em apresentar a Filosofia Africana como uma descolonização do pensamento filosófico.

 

Palavras-Chaves: Filosofia Africana; Colonialismo; Identidade Africana; Descolonização.

 

Abstract:This article discusses the justifications for an epistemological philosophy African offside. The justification is based on two approaches: colonialism and the African identity, both work as prohibitions for the understanding of Africa as a producer of knowledge. With that, the questioning about the colonialism focuses on how there is regulation through strategies that transform the object. The questioning about the identity part of the idea of “authenticity”, because it binds Western representation of a exoticism that reduces Africa in an image of lack or absence of history, culture and intellectuality. The contrast of these justifications, finally, consists in presents the African Philosophy as a decolonization of philosophical thought.

 

Keywords: African Philosophy; Colonialism; African Identity; Decolonization