ISSN:2238-6408 (online)
Ricci Vittorino - University of Rome

Resumo: Somente no final do período de Nuremberg (c. 1815-1816) Hegel finalmente concebeu a alma como um objeto antropológico. Este objeto é tão importante e indispensável para assegurar a passagem sistemática da necessidade natural à liberdade espiritual. Este processo de (auto)libertação não é uma anulação mas sim uma superação da natureza, ou seja, uma libertação essencial e dialética da mesma realidade natural externa. De certa forma, antes da publicação de Subjective Logic, a antropologia representava uma espécie de elo perdido dentro da concatenação epistêmico-estrutural do sistema com relação a um dos pontos mais delicados e cruciais. Após a análise sobre a dialética entre o estado de sono (Schlaf) e o estado de vigília (Erwachen), que encerra o primeiro momento antropológico, e a fundamentalidade do hábito (Gewohnheit) na autossensação (Selbstgefühl), que encerra o segundo, a “wirkliche Seele”, um dos conceitos mais relevantes, que encerra o último e terceiro momentos, é praticamente indetectável até a primeira edição da Enciclopédia (1817). Como tentaremos concluir, este conceito contém sobretudo um vínculo precioso entre a alma e a Wirklichkeit tal que realmente motiva o nascimento do espírito verdadeiro e próprio e, portanto, o nascimento da liberdade efetiva.

 

Palavra-chave: Hegel, antropologia, alma, matéria, espírito, liberdade

 

Riassunto. Hegel solo alla fine del periodo di Norimberga (c. 1815-1816) ha finalmente concepito l’anima come oggetto antropologico. Tale oggetto è così importante e indispensabile per assicurare il passaggio sistematico dalla necessità naturale alla libertà spirituale. Questo processo di (auto)liberazione non è un annullamento ma un superamento della natura, cioè una liberazione essenziale e dialettica della stessa realtà naturale esteriore. In qualche modo prima della pubblicazione della Logica soggettiva l’antropologia rappresentava una sorta di anello mancante all’interno della concatenazione epistemico-strutturale del sistema rispetto a uno dei punti più delicati e cruciali. Dopo l’analisi sulla dialettica tra lo stato di sonno (Schlaf) e quello di risveglio (Erwachen), che conclude il primo momento antropologico, e la fondamentalità dell’abitudine (Gewohnheit) nell’autosensazione (Selbstgefühl), che conclude il secondo momento, la “wirkliche Seele”, uno dei concetti più rilevanti, che conclude l’ultimo e terzo momento, è praticamente irreperibile fino alla prima edizione dell’Enciclopedia (1817). Come si cercherà di concludere, tale concetto contiene soprattutto un legame prezioso tra anima e Wirklichkeit tale da motivare realmente la nascita dello spirito vero e proprio e quindi la nascita della libertà effettiva.

 

Parole chiave: Hegel, antropologia, anima, materia, spirito, libertà