Resumo: Se o herói da literatura do século XIX foi o “rebelde”, esse homem com ânsias de destaque por oposição ao vulgo, o do século XX é o “conformista”, ou seja, aquele que quer se integrar e ser confundido com a massa. Em O Conformista, o escritor italiano Alberto Moravia realiza uma análise do tipo humano caraterístico de uma sociedade moderna sob o fascismo, obcecado por aquilo que ele entende por “normalidade”. Neste breve ensaio pretende-se mostrar que o romance do grande escritor italiano, publicado em 1951, entra em harmonia com a definição de “burguês” e do pai de família dada por Hannah Arendt, esse sujeito ofuscado por segurança, responsável último pelos crimes de seu tempo.
Palavras chave: Conformismo, Normalidade, Banalidade.
Abstract: If the hero of nineteenth-century literature was “the rebel”, a man with a desperate craving to stand out from common people, the twentieth century is “the conformist”, the one who wants to fit in and be confused with the mass. In The Conformist, Alberto Moravia analyzes this human type characteristic of a modern society under fascism, obsessed by what he thought it was “normality”. This short essay aims to show how this novel by the great Italian writer, published in 1951, comes into line with the definition of the “bourgeois” and the householder given by Hannah Arendt, this man overshadowed by security, who is the ultimate responsible for the crimes of his time.
Key-words: Conformism, Normality, Banality.