Paulo Henrique Flores Cople - PUC - Rio

Resumo: Este artigo apresenta uma hipótese materialista para a análise do conceito de sujeito. O conceito de sujeito tem sido objeto de vários tipos de crítica, mas afirmamos que elas foram feitos com frequência de ponto de vista exclusivamente conceitual. Propomos que o sujeito só possa ser corretamente analisado quando relacionado às práticas sociais que lhe fornecem seus pressupostos materiais e sua estrutura histórica. Procuramos também apresentar uma breve análise da história dos antecedentes conceituais do sujeito, afirmando que o sujeito constitui um conceito historicamente específico. O sujeito não nomeia um indivíduo determinado ou uma pessoa, mas uma atividade indeterminada e formalmente abstrata, e é apresentado como tal na primeira Crítica de Kant. Assim, ele só pode ser entendido corretamente quando vinculado às relações sociais modernas ou às relações de produção capitalistas que constituem o produtor coletivo como uma força de trabalho realmente abstrata e puramente subjetiva, separada de suas condições imediatas e objetivas de produção.

 

Palavras Chaves: Sujeito, Materialismo, Filosofia

 

Abstract: This article presents a materialist hypothesis of the analysis of the concept of subject. The concept of subject has been the object of various kinds of critique, but we maintain that they’ve been made often in an purely conceptual standpoint. We propose that the subject may only be correctly analyzed when related to the social practices that provide it with it’s material presuppositions and it’s historical framework. We try also to present a brief analysis of the history of the subject’s conceptual precedents, affirming that the subject constitutes a historically specific concept. The subject does not name a determinate individual or a person, but and indeterminate and formally abstract activity, and is presented as such in Kant’s first Critique. Thus it may it could only be correctly understood in relation to the modern social relations or capitalistic relations of production that constitutes the collective producer as a really abstract and purely subjective workforce, separated of it’s immediate objective conditions of production.

Keywords: Subject, Materialism, Philosophy