Resumo: Agostinho, pensador que viveu na Antiguidade e cuja análise hermenêutica foi uma das que mais influenciou o Cristianismo medieval, idealizou analogias sobre o Amor, que serão investigadas no presente trabalho à luz da filosofia de Hannah Arendt. Tratando do Amor como Desejo, a autora depreende que existe uma relação entre este e o que é desejado. Do querer possuí-lo e do querer mantê-lo, decorre o medo da perda. Assim é a vida do homem desejoso das coisas temporais. Para Agostinho, esta vida está frequentemente ameaçada pela morte e sempre passível de perder o que é. Somente na eternidade, o homem alcançaria a Beatitude pelo fato de nela não existir manutenção de desejos ou medo de perdas. O Amor pelo mundo encontra-se em função do divertimento, do que está fora de si, da vontade de se permanecer no que aparentemente tem permanência e da dependência cultivada em relação ao mundo. O Amor verdadeiro consiste na caridade e no amor ao próximo.
Palavras-chave: Amor, Caridade, Cobiça.
Abstract: Augustine, a thinker who lived in antiquity and whose hermeneutic analysis was one of the most influential to the medieval Christianity, devised analogies about Love, which will be investigated by the philosophy of Hannah Arendt. Getting Love as Desire, the author understands that a relationship exists between this and what is desired. From when you want to own and want to keep it followed by the fear of loss. So it is the life of man desire of temporal things. For Augustine, this life is often threatened by death and always liable to miss what is. Love is also a desire, but expects to find eternity. Only in eternity the man reach the Beatitude, because it does not maintain desires or fear of loss exists. The Love of the world is in function of fun, which is outside itself, from the willingness to remain in permanence and dependence in relation to the world. The true Love consists of urge to return to itself and in its interior, find God.
Key-words: Love, Charity, Greed.