ISSN:2238-6408 (online)
Marisa Muguruza - IFBA

 

Resumo: Este trabalho pretende esboçar algumas das tensões reveladas no programa de pesquisa da teoria do Naturalismo Biológico de John Searle, especialmente as que surgem pelo esforço de integrar as perguntas empíricas de investigação às questões ontológicas, envolvendo para tanto os problemas da causalidade mental. Para tal fim, se faz necessário analisar o marco teórico sobre o qual se constrói a teoria em questão, o modelo investigativo que surge do marco teórico e finalmente a causação mental propriamente dita, cuja noção está baseada em princípios diferentes dos que sustentaram a noção clássica de causalidade. Nesse sentido, se objetiva compreender a proposta de Searle quando traz um conceito de causalidade que inclui, entre outras noções, campos de força e intenções. Contrapomos com o conceito de causalidade de Hume destacando o ponto central que marca a diferença com o filósofo empirista, que defende que não há impressão de uma conexão necessária. Nesse intuito, examinam-se os argumentos do filósofo quando interpreta que a consciência não é uma propriedade do cérebro nem uma entidade independente, apenas o estado em que se encontra o cérebro.

Palavras-chave: Naturalismo biológico; Causação mental; Consciência.

 

Abstract: This paper intends to draw some of the tensions revealed in John Searle’s research program Biologic Naturalism, especially those that arise from the effort of integrating the empirical research questions to ontological questions, involving, for such an end, the issues of mental causality.  To do so, it is necessary to analyze the theoretical framework on which such a theory is built, the investigative model that arises from this basis and finally the mental causality itself. The notion of this is based on different principle than those that have supported the classic comprehension of causality. In that sense the aim here is to comprehend Searle proposal when it brings a concept of causality that includes, among other things, force fields and intentions. That is contrasted with Hume’s concept of causality, emphasizing the main argument that differentiates from the empirical philosopher, who defends that there is no impression of a necessary connection. With that purpose, the arguments of the philosopher are examined when he interprets that consciousness isn’t just a characteristic of the brain, neither is an independent entity, it is just the state in which the brain finds itself.

Keywords: Biological naturalism; Mental causation; Consciousness.