Resumo:O presente artigo aborda, em linhas gerais, o modo como o Estado promove caçadas humanas a alvos indesejáveis sob a justificativa de manter a ordem social e garantir a segurança interna. Ao longo da história, numerosas caçadas foram realizadas a grupos sociais os mais diversos: escravos de guerra, negros, índios, comunistas e imigrantes. A polícia, seja ela política ou não, desempenha um papel fundamental nesse tocante haja vista ser a principal instituição responsável por essa atividade. Tem-se então estabelecida, no plano operacional, uma relação simbólica entre predador e presa que irá reforçar o discurso bélico na área da segurança pública. A metáfora da guerra cria um sentimento de inimizade entre o policial e o “bandido”, contribuindo para a manutenção de uma ideologia fortemente inspirada na “segurança nacional”, típica de regimes ditadoriais, em pleno contexto de uma sociedade democrática.
Palavras-chave: Defesa social. Polícia, política.
Abstract:This article discusses, in general terms, how the state promotes man hunts again stundesirable targets under the justification of maintaining social order and protecting internal security. Through out history, many hunts were carried out at the most diverse social groups: war slaves, Black people, Indians, communistsand immigrants. The police, whe ther political or not, plays a key role in this regard. It’s them ain institution responsible for this activity. At the operationall evel, a symbolic relationship between predator and preyis established streng thening the war like speech in the public safetyarea. The war metaphor creates a senseo fenmity between the Police and the “bandit”, contributing to the main tenance of a strongly inspired ideology in “national security”, typical of ditadorials regimes, in a context of a democratic society.
Keywords: Social defense, Police, Politics