Maria Eduarda Miranda Dugois - USP / Michela Tuchapesk da Silva - USP

Resumo: A partir da criação de uma cena produzida por uma experimentação cartográfica desenvolvida em uma pesquisa de mestrado em andamento, esta escrita busca operar composições e decomposições entre conceitos da Filosofia da Diferença com a Educação Matemática. Em um exercício com um olho-corpo-do-sensível, nos atentamos a fluxos intensivos que se movimentam em territórios engendrados por uma atividade de matemática, produzindo fricções e tensões com as práticas e táticas mobilizadas pelos diferentes corpos que habitam esse espaço. Com isso, buscamos brechas, fissuras, desvios que nos possibilitem pensar para além dos movimentos (re)cognitivos já instituídos nestes territórios, mobilizando o que pode o aprender matemática enquanto acontecimento no Plano Comum. Entendemos que os tensionamentos e os movimentos entre a experimentação cartográfica e os conceitos da Filosofia da Diferença, mobilizam nesta escrita um processo ético e político que nos possibilita criar e experimentar caminhos outros com a Educação Matemática, engendrando mundos-instante que permitem um aprender desviante, singular e coletivo.

 

Palavras-chave: Cartografia. Educação Matemática. Aprender.

 

Abstract: Starting from the creation of a scene produced by a cartographic experimentation developed in an ongoing master’s research, this writing seeks to operate compositions and decompositions between concepts from the Philosophy of Difference and Mathematics Education. In an exercise with a sensitive-eye-body, we pay attention to intensive flows that move through territories engendered by an mathematical activity, producing frictions and tensions with the practices and tactics mobilized by the different bodies inhabiting this space. Through this, we aim to find gaps, fissures, and deviations that allow us to think beyond the already established (re)cognitive movements in these territories, mobilizing what mathematics learning can, as an event in the Common Plane. We understand that the tensions and movements between cartographic experimentation and the concepts of the Philosophy of Difference activate in this writing an ethical and political process that enables us to create and experiment with other paths in Mathematics Education, engendering worlds-instant that allow an deviant, singular, and collective learning becomes possible.

 

Keywords: Cartography. Mathematics Education. Learn.