Resumo: O presente artigo discorrerá sobre a estrutura daquilo que é comumente denominado de A tragédia ética do absoluto (Die Tragödie im Sittlichen), presente no ensaio Sobre as maneiras científicas de se tratar o direito natural, datado de 1802, escrito jenense atribuído à fase de juventude de Hegel. Esta exposição almeja trazer à tona, em sua originalidade, aquilo que o jovem pensador alemão concebeu como a relação do absolutamente ético consigo mesmo, isto é, da imbricada relação do negativo que nega a si como parte necessária da posição concreta do positivo. Para tanto, Hegel se apoia na tragédia grega a fim de melhor exprimir sua dinâmica conceitual, em especial, sobre o Julgamento de Orestes, presente na tragédia Eumênides, de Ésquilo. Qualificando-a como a encenação mais bem acabada de todo o processo do absoluto ético, de seus conflitos internos à sua reconciliação como povo organizado em si e para si.
Palavras-chave: Direito Natural. Jovem Hegel. Absoluto Ético. Ésquilo. Eumênides.
Abstract : This article will discuss the structure of what is commonly called The ethical tragedy of the absolute (Die Tragödie im Sittlichen), present in the essay On scientific ways of treating natural law, dated from 1802, an Jenese writing attributed to the youth phase of Hegel. This exhibition aims to highlight, in its originality, what the young german thinker conceived as the relationship of the absolutely ethical with itself, that is, the intertwined relationship of the negative that denies itself as a necessary part of the concrete position of the positive. To do so, Hegel relies on Greek tragedy in order to better express his conceptual dynamics, in particular, on the Judgment of Orestes, as seen in the tragedy Eumenides, by Aeschylus. Qualifying it as the best finished staging of the entire process of the ethical absolute, from its internal conflicts to its reconciliation as a organized people in and for itself.
Keywords: Natural Law. Young Hegel. Absolute Ethical Life. Aeschylus. Eumenides