Resumo:A economia política, que é discurso hegemônico de nossa contemporaneidade, caracteriza-se pela gestão da vida humana como se fosse um mero elemento produtivo. Neste ensaio analisamos os nexos genealógicos da economia da vida com o que Foucault denominou de “poder pastoral”. Num segundo ponto analisamos como as práticas do poder pastoral desdobraram-se no que Foucault enunciou como “artes de governo” e, por fim, como estas artes de governo foram ressignificadas pela nascente economia política do século XVII nas práticas de governo da população. O objetivo do texto é comprovar como o caráter paradoxal do cuidado da vida, inerente ao poder pastoral, foi transferido para as modernas técnicas de gestão da vida humana que, para conseguir eficiência, reduzem a vida a mero elemento produtivo.
Palavras-chave:Economia da vida, poder pastoral, artes de governo, governamentalidade
Abstract:Political economy, which is the hegemonic discourse of our contemporaneity, is characterized by the management of human life as if it were a mere productive element. In this essay we analyze the genealogical links of the economy of life with what Foucault called “pastoral power”. In a second point, we analyze how the practices of pastoral Power unfolded in what Foucault enunciated as “arts of government” and, finally, how the searts of government werere-signified by the nascent XVII century political economy in the practices of government of the population. The aim of the text is to prove how the paradoxical character of caring for life, in herent to pastoral power, was transferrred to modern tecnhiques of human life management that, in order to achive efficiency, reducelife to a mere productive element
Keywords:Life economics, pastoral power, arstofgoverment, governamentality