Resumo: O presente artigo tem como propósito central analisar e discutir o conceito de direito de resistência ou verdadeira liberdade dos súditos na concepção de Estado em Hobbes no sentido de mostrar em que medida a discussão permanece profícua e válida na atualidade. No capítulo XXI do Leviatã, Thomas Hobbes apresenta uma interessante crítica à ideia de liberdade no mundo ocidental antigo. Autores como Aristóteles e Cícero, negam ao cidadão o que no modelo hobbesiano se compreende por verdadeira liberdade do súdito. Liberdade esta, que consiste no direito de resistir ao soberano quando este ordenar ações que atentem contra a autoconservação. O que há – no pensamento antigo – é a liberdade de um corpo estatal [que Hobbes denomina república] em relação a outros corpos estatais. Nesse sentido, quando se afirma que – por exemplo – os atenienses e os romanos são livres, critica Hobbes, não significa que qualquer indivíduo tivesse a liberdade de resistir ao seu próprio representante: o seu representante é que tinha a liberdade de resistir a um povo. No que tange a isso, a crítica hobbesiana é fundamental na reflexão a cerca dos direitos na modernidade. Ao que parece, o referido direito ajuda a marcar, caracterizar e distinguir a liberdade humana em relação ao pensamento moderno comparado com o antigo.
Palavras-chave: Liberdade. Resistência. República.
Abstract:This article has as Main purposeto analyze and discuss the concepto therigh to resistnace or true freedom of the subjects in the design of state in Hobbes in order to show tow há textent the discussion fruit ful and remains valid today. In Chapter XXI of Leviathan, Thomas Hobbes present san interesting critique of the Idea of freedom in the ancient world. Authors such as Aristotle and Cicero, deny citizens what the Hobbesian modelis meant by true liberty of the subject. This freedom, which consists in the right to resist the sovereign when He order actions that threa ten self-preservation. What, in ancient thought, is the freedom of a body politic [which Hobbes calledrepublic] in relation tôo ther bodies politics. In this sense, when we say that, for example, the Athenians and Romans are free, criticizes Hobbes, does not meant hat any individual had the freedom to resist their own representative: the representative have freedom to resist. In relation to this, the Hobbesian critique is fundamental in the reflection about rights in modernity. Apparently, tha tright helps to mark, to characterize and distinguish human freedom in relation to modern thought compared to the old world one.
Keywords: Freedom. Resistance. Republic.