Sommario: Obiettivo di questo contributo è mostrare come Eric Weil (1904-1977) abbia ricompreso il pensiero aristotelico a partire dal problema dialettico che in esso si delinea, sviluppando considerazioni essenziali rispetto alla logica aristotelica nel suo complesso. Tuttavia, a questo livello non poteva di certo trattarsi di un esercizio interpretativo fine a se stesso, tanto più che Weil – servendosi del pensiero di Aristotele e problematizzando quello di Platone – ha cercato di offrire risposte concrete ad alcune questioni cruciali sorte di fronte alla crisi del mondo moderno. Di qui le domande di fondo sottese a tutta l’esegesi weiliana: quali sono, oggi, le funzioni e gli scopi della filosofia e della politica? Quali approcci alla realtà esse possono legittimamente assumere di fronte alla crisi della modernità? Non è affatto un caso, dunque, che Weil abbia voluto ricomprendere in modo innovativo la connessione propriamente aristotelica tra etica e politica. Vedremo come un modo ‘antico’ di intendere la politica (e la filosofia politica) possa ancora far riflettere sulla realtà che oggi viviamo. Sarà allora lo stesso concetto di ‘scienza’ a dover essere nuovamente messo in discussione. Insomma, a questo livello Weil intendeva di fatto riscoprire le ragioni della lezione greco antica, proponendo un metodo eminentemente critico per interpretare le origini del pensiero occidentale. A fronte degli orrori della Seconda guerra mondiale, dello sterminio nazista e di una crisi profonda di tutta la società europea era necessario ritornare a comprendere le ragioni originarie della filosofia e del dialogo, di fronte a un’epoca di violenza assoluta e totale.
Parole-chiave: Weil. Aristotele. Dialettica. Etica. Politica. Antichi. Moderni.
Abstract: The aim of this contribution is to show how Eric Weil (1904-1977) understood Aristotelian thought from the dialectical problem outlined in it, developing essential considerations with respect to Aristotelian logic. However, at this level it certainly could not have been an interpretative exercise for its own sake, even more so since Weil – using Aristotle’s thought and problematising Plato’s – sought to offer concrete answers to certain crucial questions that had arisen in the face of the crisis of the modern world. Hence the basic questions underlying all of Weil’s exegesis: what are the functions and purposes of philosophy and politics today? What approaches to reality can they legitimately take in the face of the crisis of modernity? It is by no means a coincidence, then, that Weil wished to recompose the properly Aristotelian connection between ethics and politics in an innovative way. We will see how an ‘ancient’ way of understanding politics (and political philosophy) can still make us reflect on the reality we live in today. It will then be the very concept of ‘science’ that will have to be questioned again. In short, at this level Weil intended to rediscover the reasons for the ancient Greek lesson, proposing an eminently critical method for interpreting the origins of Western thought. In the face of the horrors of the Second World War, the Nazi extermination, and a profound crisis in European society, it was necessary to return to an understanding of the original reasons for philosophy and dialogue, in the face of an era of absolute and total violence.
Keywords: Weil. Aristotle. Dialectics. Ethics. Politics. Ancient. Modern.
Resumo: O objetivo deste artigo é mostrar como Eric Weil (1904-1977) entendeu o pensamento aristotélico a partir do problema dialético nele delineado, desenvolvendo considerações essenciais com relação à lógica aristotélica como um todo. Entretanto, nesse nível, certamente não poderia ter sido um exercício interpretativo por si só, ainda mais porque Weil – usando o pensamento de Aristóteles e problematizando o de Platão – procurou oferecer respostas concretas a certas questões cruciais que surgiram diante da crise do mundo moderno. Daí as questões básicas subjacentes a toda exegese de Weil: quais são as funções e os objetivos da filosofia e da política hoje? Que abordagens da realidade elas podem legitimamente adotar diante da crise da modernidade? Não é de forma alguma uma coincidência, portanto, que Weil tenha desejado recompor a conexão propriamente aristotélica entre ética e política de uma forma inovadora. Veremos como uma maneira “antiga” de entender a política (e a filosofia política) ainda pode nos fazer refletir sobre a realidade em que vivemos hoje. Será então o próprio conceito de “ciência” que terá de ser questionado novamente. Em suma, nesse nível, Weil pretendia de fato redescobrir as razões da antiga lição grega, propondo um método eminentemente crítico para interpretar as origens do pensamento ocidental. Diante dos horrores da Segunda Guerra Mundial, do extermínio nazista e de uma profunda crise na sociedade europeia, foi necessário retornar à compreensão dos motivos originais da filosofia e do diálogo, diante de uma era de violência absoluta e total.
Palavras-chave: Weil. Aristételes. Dialética. Ética. Política. Antigos. Modernos.