José Barata-Moura - Universidade de Lisboa (Portugal)

Resumo: Nesta conferência proferida na Universidade de Urbino, em 18 de novembro de 2011, o autor oferece um mergulho de fôlego na questão do ser no pensamento de Hegel. Trata-se de um esforço hercúleo na direção de estabelecer um nexo lógico entre as diversas e esparsas indicações encontradas na obra hegeliana acerca do que conhecemos como ontologia no debate historicamente acumulado da filosofia ocidental. Desde a sua origem aristotélica que a colocou como sinônimo da metafísica, até o momento no qual o autor denomina por “ontologia dialética”, temos uma exposição de profunda erudição e primor filosóficos sob o cariz da defesa de uma ontologia hegeliana que dirige o seu olhar para as abordagens da questão em torno de aquilo que é [das was ist]. Em suma, conclui que a ontologia de Hegel incide certamente sobre o ente, ao passo que se move, e tem necessariamente que se mover, porque o ser, mesmo quando colhido na imediatez do empírico, realmente nunca dispensa os processos de mediação e a correspondente negatividade dialética que, na e pela contradição, desde o seu próprio interior o constituem e determinam[1].

 

Palavras-chave: Hegel. Ontologia. Dialética.

 

Abstract: In this lecture given at the University of Urbino on November 18, 2011, the author takes a deep dive into the question of Being in Hegel’s thought. It is a Herculean effort to establish a logical link between the diverse and sparse indications found in Hegel’s work about what we know as ontology in the historically accumulated debate of Western philosophy. From its Aristotelian origin, which placed it as a synonym for metaphysics, to the moment in which the author calls it “dialectical ontology”, we have an exposition of profound erudition and philosophical refinement under the banner of defending a Hegelian ontology that directs its gaze towards approaches to the question of what is [das was ist]. In short, he concludes that Hegel’s ontology certainly focuses on Entity, while it moves, and necessarily must move, because the Being, even when caught up in the immediacy of the empirical, never really dispenses with the processes of Mediation and the corresponding dialectical negativity which, in and through contradiction, from within itself constitute and determine it.

 

Keywords: Hegel. Ontology. Dialectical.