Resumo: O presente artigo busca analisar o problema da inclusão a partir da crítica à separação entre razão e existência da vida humana que em nossa atualidade, encontra-se sob a égide da lógica do mercado. Nesse cenário analisaremos a relação entre inclusão e incapacidade, homo oeconomicus e governamentalidade. Diante disso, problematizaremos a inclusão, tanto como uma estratégia de governamento, enquanto condição de um “imperativo de Estado”, realizando ações pontuais capazes de modificar os indivíduos, quanto na promoção de uma maior economia entre a mobilização dos poderes e a condução das condutas. Problematizar a inclusão significa criticar as aparências e as suas armadilhas, quando se trata da governamentalidade e do biopoder. Fazer esta crítica sobre as práticas e as políticas que promovem a inclusão, implica entre outras consequências, ir contra a corrente dominante que “naturaliza” as verdades estabelecidas e consideradas como “verdades inquestionáveis”. Furtar-se a este tipo de temática se configura como uma atitude antifilosófica: os maiores problemas que nós temos são os valores pré-estabelecidos e as experiências muitas vezes não criamvalores. Ao fim deste percurso objetiva-se visualizar uma nova imagem de inclusão.
Palavras-chave: Biopoder, Governamentalidade, homo oeconomicus, Inclusão.
Abstract: The present article seeks to analyze the problem of inclusion from the critique of the separation between reason and existence of human life, which today is under the aegis of market logic. In this scenario, we will analyze the relationship between inclusion and disability, homoeconomic and governmentality. In this context, we will question the inclusion, as well as a governance strategy, as a condition of a “state imperative”, carrying out specific actions capable of modifying individuals, as well as promoting a greater economy between the mobilization of powers and the conduction of the conduits . Problematizing inclusion means criticizing appearances and their pitfalls when it comes to governmentality and biopower. To make this critique of practices and policies that promote inclusiveness implies among other consequences to go against the mainstream that “naturalizes” established truths and considered “unquestionable truths.” Being stuck to this kind of theme is an anti-philosophical attitude: the biggest problems we have are the pre-established values and experiences often do not create values. At the end of this course we aim to visualize a new image of inclusion.
Keywords: Biopower, Governamentality, homo oeconomicus,Inclusion.