ISSN:2238-6408 (online)
Cláudia Carneiro Peixoto UFEPel

Resumo:Examina a questão da cidadania em Hannah Arendt (1906-1975) a partir de duas perspectivas que podem ser, a princípio, extraídas da expressão “direito a ter direitos”. A primeira perspectiva de cidadania assegura a cada indivíduo o pertencimento à comunidade humana e a outra está calcada na participação ativa e na responsabilidade dos indivíduos pelo destino da comunidade a que pertencem. Dito isso, intenta-se demonstrar que, sob a primeira perspectiva, a autora centra-se na proteção internacional, depreendida a partir da experiência dos Totalitarismos, em especial, o Nazismo e a insurgência de uma massa de seres humanos destituídos da qualidade de “cidadãos”, como os apátridas. Para este entendimento de cidadania de cunho cosmopolita aproxima-se a posição da autora com o conceito kantiano de hospitalidade. A segunda perspectiva resulta em uma noção de cidadania ativa e responsável, vivenciada no espaço público. Palavras-chaves: Hannah Arendt, cidadania, direito a ter direitos. Abstract: Examines the question ofthe citizen ship in Hannah Arendt (1906-1975) from two perspectives that can beat first extracted from the expression “righttohaverights.” The first citizenship perspective ensures every individual belonging to the human community and Theo theris grounded in active participation and responsibility of individuals for the fate of the community to which they belong. That said, at tempts to demonstrate that, under the first perspective, the author focuseson international protection, deduced from the experience of totalitarianism, particularly Nazismand thein surgence of a mass of human beings devoid of quality “citizens “as stateless. To this understanding of citizenship imprint cosmopolitan approaches the position of the author with the Kantian concept of hospitality. The second approach results in a sense of active and responsible citizenship, lived in public space. Keywords: Hannah Arendt, citizenship, righttohaverights.