Resumo: Haja vista o campo de investigação aberto por Giorgio Agamben, filósofo italiano contemporâneo, no que diz respeito ao seu método, chamado arqueológico e paradigmático, especialmente no que se refere à sua teoria das assinaturas, compreende-se, aqui, necessária a exposição de alguns pressupostos relativos a essa última temática, no intuito de apresentá-la em sua amplitude, tendo em conta também a sua complexidade e importância para a obra como um todo. Dessa feita, a intenção aqui é compreender a noção de assinatura, apresentada no seu livro intitulado Signatura rerum – sul método (2008), para elucidar uma outra noção, a saber, a de secularização, a qual, embora apresentada no referido texto, é melhor desenvolvida em obra posterior, qual seja, O Reino e a Glória – uma genealogia teológica da economia e do governo (2007). O objetivo, entretanto, não é o de esgotar a questão metodológica, mas de utilizá-la como fio condutor para o desenvolvimento do conceito-assinatura da secularização. Para tanto, procede-se à revisão dos referidos escritos, a partir da qual observa-se a importância das noções metodológicas para a compreensão da arqueologia levada a efeito pelo autor na sua obra tardia.
Palavras-chave: Assinatura, paradigma, arqueologia, secularização, oikonomia
Abstract: Considering the field of investigation opened by Giorgio Agamben, contemporary italian philosopher, with respect to their method, called archeological and paradigmatic, especially with regard to his theory of signatures, it is understandable, here, needed the exposure of some assumptions regarding this last theme, in order to present it in its amplitude, also in view of the complexity and importance to the work as a whole. This done, the intention here is to understand the notion of signature, presented in his book entitled Signatura rerum – on method (2008), to elucidate another notion, namely that of secularization, which, although presented in this last text, it is better developed in later work, The Kingdom and the glory – For a Theological Genealogy of Economy and Government (2007). The aim, however, is not to exhaust the methodological issue, but to use it as a guideline for the development of the concept-signature of secularization. For both, the revision of these writings, from which it is observed the importance of methodological notions for the understanding of the archeology carried out by the author in his late work.
Key-words: Signature, paradigm, archeology, secularization, oikonomia