Resumo: A recente obra Uso do Corpos [Homo sacer, IV, 2], lançada pelo autor Giorgio Agamben em 2014, traz à tona uma série de conceitos como a noção de uso, de inoperosidade e de forma-de-vida. Porém, diferente de outras obras apresentadas pelo autor italiano, agora esses conceitos se entrelaçam e sinalizam para uma forma de fuga ao domínio exercido pelo biopoder. Ou melhor, para a possibilidade de desativação da máquina antropológica que se estabeleceu no Ocidente, e desde então, governa nossa concepção de humanidade. Nesse sentido, o presente artigo pretende evidenciar como é possível a desativação dos dispositivos de poder, e assim, romper com a estrutura da exceção, da exclusão-inclusiva que politizou a vida humana desde os tempos mais remotos. De tal modo, que seja possível recompor a vida humana, afim de pensar uma nova forma-de-vida, uma vida que não se separa da sua forma.
Palavras-chave: Uso; Profanação; Inoperosidade; Forma-de-vida.
Riassunto: Il recente lavoro Uso dei corpi [Homo sacer, IV, 2], lanciato dall’autore Giorgio Agamben nel 2014, presenta una serie di concetti come la nozione di uso, inoperosità e forma-di-vita. Tuttavia, a differenza di altre opere presentate dall’autore italiano, ora questi concetti si intrecciano e segnale di un modo per sfuggire al dominio del biopotere. O meglio, la possibilità di disattivare la macchina antropologico che è stato istituito in Occidente, e da allora, governa nostra concezione di umanità. In questo senso, il presente articolo intende mostrare come è possibile disattivare i meccanismi del potere e quindi rompere con la struttura dell’eccezione, l’esclusione-inclusiva che ha politicizzato la vita umana fin dai tempi più remoti. In questo modo, è possibile ricostruire la vita umana, per pensare a una nuova forma-di-vita, una vita che non si separa dalla sua forma.
Parole-chiave: Uso; profanazione; Inoperosità; Modo-di-vita.