ISSN:2238-6408 (online)
Francisco Vítor Macedo Pereira - UEPB / Keitiana de Souza Silva - IFPB-Cabedelo

Resumo: A estética da existência surge conceitualmente nos debates filosóficos da Pós-Modernidade a partir da última fase que compõe a obra de Michel Foucault (1926-1984). Nos últimos escritos do filósofo francês emerge algo aparentemente inédito em sua obra, que é justamente a inclusão de um sujeito esteta de si. da reflexão e da experiência que Foucault tem a partir de suas leituras de Sade (1740-1814), de Nietzsche (1844-1900), de Bataille (1897-1962), de Pasolini (1921-1975) e de Klossowski (1905-2001), mas igualmente como elaboração estética de sua própria atuação filosófica e política, no meio intelectual e cultural Essa fase seria denominada de genealogia ética do sujeito, e foi composta prevalentemente por suas duas últimas obras inseridas no projeto de A História da Sexualidade: O Uso dos prazeres (1983) e O Cuidado de si (1984). O autor, que fora acusado de esvaziar o sujeito, nesse momento de sua obra fá-lo ressurgir como ser capaz de resistir à sujeição. Esse novo sujeito é transgressor e estilista, é pontuado não apenas como o resultado do pensamento ocidental contemporâneo.

Palavras chaves: Transgressão; Estética da existência; Dissolução do sujeito; Literatura sadiana.

Abstract: The aesthetic of existence conceptually arrives on Post modernity philosophical debates since the last writings of Michel Foucault (1926-1984). In those writings apparently appear outcomes on his work, which is indeed the inclusion of a self aesthetic subject. This period would be known as ethical genealogy of the subject, and was primarily compounded by his two last books inserted on the project of The History of sexuality: The Use of pleasure (1983) and The Care of the self (1984). The author who was charged by empting the subject, in this moment of his work makes it come again as a being able of resistance to any kind of subjection. This new subject is transgressor and stylist, is depicted not merely as a result of Foucault’s reflection and experience upon his reading of Sade (1740-1814), Nietzsche (1844-1900), Bataille (1897-1962), Pasolini (1921-1975) and Klossowski (1905-2001), but equally as an aesthetic elaboration of his own philosophical and political actuation, in intellectual and cultural means of western contemporary thought.

Key words: transgression; aesthetic of existence; subject’s dissolution; sadian literature.